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Espermograma: o que é e como é feito

Cuidar da saúde envolve ter atenção com o corpo inteiro. Entretanto, de forma geral, os homens ainda têm certa resistência e se esquivam quando o assunto é procurar um médico, independente de qual for a questão. Assim, eles deixam de ir em consultas e realizar exames importantes, como o espermograma.

Existem especialistas e exames que servem para verificar as estruturas do sistema reprodutor masculino em sua totalidade, além de auxiliar nos diagnósticos e nas opções de tratamentos. Por exemplo, no caso do espermograma, ele é um exame laboratorial que avalia a saúde da próstata e a qualidade dos espermatozoides produzidos.

O que é o espermograma?

O espermograma é um exame que serve para analisar a quantidade e qualidade do sêmen em uma amostra coletada pelo próprio paciente. Os parâmetros dessa qualidade são indicados pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

Também chamado de “contagem espermática”, “análise de sêmen”, “estudo da morfologia espermática” ou ainda “análise do sêmen”, esse exame avalia a viscosidade, volume do esperma, pH, cor e liquefação do sêmen. Além, é claro, do número de espermatozoides e a mortalidade deles. Ou seja, o objetivo do espermograma é apontar dados sobre a saúde do sistema reprodutor masculino, bem como as condições da próstata.

Como o espermograma é feito?

O espermograma é um exame bastante simples. É recomendado que a coleta seja feita pela manhã, no próprio hospital ou laboratório. Contudo, em raros casos e quando autorizado pelo médico, pode ser feito no domicílio também. Independente de onde a coleta é feita, as únicas condições é que não pode utilizar nenhum lubrificante e a ejaculação deve ser feita diretamente no frasco fornecido.

Quando feito no laboratório ou no hospital, o paciente é conduzido para uma sala e orientado sobre como colher a amostra. Geralmente, essas salas contam estímulos visuais, como vídeos e revistas, a fim de auxiliar a excitação e masturbação.

Já quando feito em casa, a coleta também pode ser realizada pelo coito interrompido ou utilizando uma camisinha especial. Isso, entretanto, não é muito recomendado, pois pode interferir nos resultados. No máximo uma hora após colher a amostra, o frasco deve ser entregue ao laboratório. O material coletado é enviado para que os testes sejam conduzidos.

O que é analisado no espermograma?

Ao realizar o espermograma, a análise do sêmen ocorre em duas etapas. São elas:  

Análise macroscópica

Essa análise é feita a olho nu e avalia alguns aspectos como:

  • Coloração;
  • Liquefação;
  • Volume;
  • Viscosidade;
  • pH.

Análise microscópica

Já essa etapa engloba a avaliação de alguns aspectos que só podem ser analisados com um microscópio, como: 

  • Morfologia;
  • Motilidade;
  • Vitalidade;
  • Concentração por mL e total;
  • Concentração de leucócitos e de células redondas.

As duas etapas são extremamente importantes para analisar os espermatozoides que são produzidos, indicando a capacidade reprodutiva do paciente. 

Quando esse exame é solicitado?

Em geral, o espermograma é solicitado por um urologista quando o casal está tendo problemas e dificuldades na hora de engravidar. Entretanto, médicos especializados em reprodução humana e endocrinologistas também podem pedir o exame. O espermograma é o principal exame pedido para analisar a fertilidade masculina. Além disso, é solicitado também quando existe algum sinal ou condição, seja física, imunológica ou genética que possa alterar o esperma e influenciar na fertilidade. A indicação do exame também serve para homens que se submeteram a uma vasectomia, ajudando a avaliar se a cirurgia foi bem sucedida. 

Recomendações importantes para a realização do espermograma

As orientações são repassadas sempre na hora de agendar o procedimento e devem ser seguidas para não causar nenhuma interferência no resultado. Entretanto, para a realização correta do exame, é fundamental seguir algumas recomendações como, por exemplo:

  • Abstinência sexual, evitando qualquer tipo de ejaculação, de dois a cinco dias antes da coleta;
  • Lavar as mãos e o órgão genital muito bem antes da coleta com água e sabão;
  • Não usar lubrificante ou saliva;
  • Fazer a coleta de todo o esperma ejaculado diretamente no frasco.

Fatores que podem alterar o resultado normal

Existem alguns fatores que podem interferir nos resultados do espermograma. Por exemplo:

  • Quantidade baixa de esperma: acontece principalmente por conta de uma técnica incorreta para coletar a amostra;
  • Temperatura de armazenamento incorreta: caso a amostra coletada fique armazenada em temperaturas muito frias ou quentes, pode prejudicar, respectivamente, a motilidade e a quantidade dos espermatozoides;
  • Exposição à radiação, químicos ou calor prolongado: influencia na produção de espermatozoides;
  • Estresse: dificulta o processo de coleta.

Como ler o diagnóstico do espermograma

É sempre fundamental que os resultados de qualquer exame sejam levados para que o médico possa avaliá-los. Com o espermograma isso não é diferente, mas geralmente o que se tem é:

  • Volume: o valor de referência é igual ou superior a 1,5 ml
  • pH: o valor de referência é entre 7,2 e 8,0
  • Coloração: esbranquiçada ou levemente acinzentada opalescente;
  • Liquefação: o valor de referência é menor ou igual a 60 minutos;
  • Viscosidade: normal, atingindo uma média de 2 cm de altura;
  • Concentração por ml: o valor de referência é igual ou maior que 15 milhões de espermatozoides por ml de sêmen;
  • Número de espermatozoides: o valor de referência é igual ou maior que 39 milhões de espermatozoides por ejaculação;
  • Motilidade: o valor de referência é 32% ou mais de espermatozoides móveis progressivos e 40% ou mais de espermatozoides móveis totais;
  • Morfologia: o valor de referência é 4% ou mais com formas normais;
  • Vitalidade: o valor de referência é 58% ou mais formas vivas.

É importante lembrar, contudo, que o resultado de um espermograma não é definitivo. Ou seja, os valores do resultado podem estar alterados mesmo sem existir qualquer problema no esperma. Por esse motivo, em geral, são pedidos dois exames com um intervalo de 15 dias entre eles a fim de fazer um comparativo entre os resultados. Se houver diferença nos valores, um novo espermograma pode ser solicitado.

Principais alterações que podem ser identificadas

Entre os principais problemas que o espermograma pode indicar estão:

  • Azoospermia: ausência de espermatozoides na amostra de esperma coletada;
  • Oligospermia: número de espermatozoides por mL inferior ao normal;
  • Astenospermia: valores de motilidade e vitalidade inferiores ao normal;
  • Teratospermia: alterações morfológicas dos espermatozoides;
  • Problemas na próstata: alterações na viscosidade e acidez do esperma;
  • Astenozoospermia: motilidade progressiva espermática abaixo de 32%;
  • Necrozoospermia: porcentagem de espermatozoides vivos abaixo de 58%;
  • Leucocitospermia: alta concentração de leucócitos na amostra seminal;
  • Teratozoospermia: espermatozóides com formato perfeito abaixo de 4%.

Exames complementares

Dependendo do resultado do espermograma e da condição de saúde do paciente, o médico poderá solicitar outros exames como, por exemplo:

  • Fragmentação de DNA;
  • Espermograma sob magnificação;
  • Teste de carga viral;
  • FISH.

Quando é considerado infertilidade?

A infertilidade é considerada após 12 meses de tentativas frustradas de gravidez, durante as quais o casal fez sexo sem usar qualquer método contraceptivo . Atualmente, estima-se que a infertilidade afeta 10% a 20% dos casais em idade fértil, independentemente de sua origem étnica ou social.

 Em 30% dos casais que não conseguem engravidar, os homens são os únicos responsáveis ​​pela causa da infertilidade. Portanto, pode-se dizer que os problemas dos homens ocorrem em cerca de 50% dos casais inférteis. Como os problemas dos homens são tão comuns, a investigação adequada para saber se o homem é infértil é essencial. 

Em grande parte dos casos onde há problemas para engravidar, tanto o homem quanto a mulher são examinados, sendo o espermograma o exame mais pedido para os homens. Exames de imagem na bolsa escrotal como ultrassom também pode ser pedido para avaliar se há a existência de tumores ou hidrocele, por exemplo.

A confirmação da infertilidade masculina só é comprovada em casos de ausência completa de espermatozóides ou ausência completa de motilidade espermática. A interpretação dos valores dos principais parâmetros definidos pela OMS deve ser realizada com muito cuidado e diligência. 

Os valores de referência não representam a concentração média de esperma na população em geral ou os valores mínimos necessários para a gravidez espontânea. Além disso, pacientes com parâmetros espermáticos fora do intervalo de referência normal podem engravidar suas parceiras. Sendo assim, o exame de espermograma é um dos parâmetros, mas não o único.

O que é nidação e quais os sintomas?

As mulheres que querem ter filhos prestam atenção a todas as pequenas mudanças no corpo e, após uma possível fertilização, elas esperam o implante do óvulo e os sinais indicando uma gravidez. A nidação é, basicamente, um dos estágios iniciais da gravidez, no qual ocorre a implantação do óvulo fecundado na parede do endométrio.

Como resultado desse processo, algumas mulheres percebem um sangramento fora do período menstrual logo após terem concebido. Contudo, o sangramento leve ou manchas não significam que você esteja definitivamente grávida, assim como a falta dele não significa necessariamente a ausência da gravidez. Normalmente, uma em cada quatro mulheres grávidas apresenta sangramento de nidação. É de conhecimento geral que a gravidez pode ser diagnosticada por meio da dosagem de um hormônio no sangue ou na urina: é a gonadotrofina coriônica humana (hCG). Mas você sabe qual é a definição de gravidez? A gravidez, ao contrário do que muita gente pensa, não começa com a fecundação do óvulo e formação do embrião. O conceito de gravidez é a existência de embrião implantado. O teste de gravidez somente resulta positivo quando existe embrião implantado, pois é ele que produz o hormônio hCG.

O que é nidação e o sangramento de nidação?

Nidação é o nome do processo de fixação do óvulo, que foi fecundado na Trompa de Falópio e migrou para o útero, na mucosa do endométrio, que é a parede que reveste a parte interna do útero. Em outras palavras, entende-se por nidação o processo de implantação do embrião, resultando em gravidez. É um dos estágios iniciais da gravidez presente tanto em gestações que ocorrem de forma natural, como em gestações decorrentes de tratamentos de reprodução humana. 

Neste processo de fixação do óvulo, pode ocorrer um leve sangramento, cuja duração média é de três dias. Esse sangramento de nidação acontece porque o zigoto, ao aderir ao endométrio, colabora para o processo de escamação de pequenas partes da camada endometrial,  que são expelidas pelo organismo.

Para entendermos melhor como ocorre a nidação, vamos voltar um pouco na sequência de eventos do ciclo menstrual. Isto é fundamental, pois o ciclo menstrual existe porque o útero é mensalmente preparado para receber um embrião, permitindo a sua nidação.

Entendendo o ciclo menstrual

Antes de mais nada, é preciso entender como funciona o ciclo menstrual, a fim de se aprofundar mais no tema relacionado à nidação. E o ciclo menstrual pode ser dividido em fases:

Menstruação

A menstruação é a fase do sangramento, que ocorre pela descamação do endométrio. O endométrio nada mais é do que  a mucosa uterina, ou seja, o tecido que reveste internamente o útero. É nesse tecido em que o embrião deve implantar para que a gravidez aconteça. Portanto, é no endométrio que deve ocorrer a nidação. 

O ciclo menstrual começa com a descamação do endométrio, que causa sangramento. Assim, o sangue menstrual é uma mistura não apenas de sangue, mas de fragmentos deste tecido que o útero está eliminando, já que não existe embrião implantado. Quando a descamação do endométrio está completa, o sangramento para e a menstruação termina. A mulher encontra-se, então, na fase do ciclo denominada folicular.

Fase folicular

Folículos são as estruturas nas quais os óvulos se desenvolvem dentro dos ovários. No ciclo menstrual, vários folículos começam a se desenvolver simultaneamente, mas somente um crescerá bastante e se romperá, liberando o óvulo. A fase folicular tem 2 objetivos: 

  • promover o crescimento de um folículo para que a ovulação ocorra;
  • fazer com que um novo endométrio se forme, para que possa receber o embrião e permitir a sua nidação.

Para compreendermos este processo, precisamos conhecer um pouco alguns hormônios e suas funções. Isto também é fundamental para que você entenda, por exemplo, para que servem as medicações usadas nos tratamentos de reprodução assistida.

Já sabemos que, para que ocorra a ovulação, deve haver o desenvolvimento do folículo. Você já ouviu falar na hipófise? A hipófise é uma glândula que existe na base do cérebro. Produz vários hormônios e coordena a função de diferentes órgãos. Vamos nos limitar aqui aos principais hormônios envolvidos no ciclo menstrual. Os hormônios da hipófise que você precisa conhecer neste momento são:

  • FSH (hormônio folículo estimulante): estimula o crescimento dos folículos;
  • LH (hormônio luteinizante): será o responsável pelo rompimento do folículo e liberação do óvulo.

Ao longo da fase folicular do ciclo menstrual, o FSH estimula o crescimento dos folículos. Vários folículos começam a se desenvolver, mas somente um (chamado folículo dominante) será grande o suficiente para romper e liberar o óvulo. O folículo produz, ao longo desta fase, o hormônio estradiol (estrogênio), que promove o crescimento do endométrio. 

Aproximadamente na metade do ciclo menstrual, quando o folículo está grande e o endométrio novo já está formado, a hipófise libera rapidamente uma grande quantidade do LH (conhecida como pico de LH). Ele faz com que o folículo se rompa: é a ovulação. O óvulo então deve ser captado pela trompa (também conhecida como tuba uterina), que é uma estrutura em forma de tubo que conecta o ovário ao útero. Para a mulher engravidar, o espermatozoide que foi depositado na vagina durante a relação sexual deve se deslocar e encontrar o óvulo na trompa, que é o local em que ocorre naturalmente a fecundação.

É importante explicar que, com o rompimento do folículo, ocorre uma queda transitória dos níveis do estradiol. Esta alteração hormonal pode fazer com que o endométrio apresente pequeno sangramento, conhecido como o sangramento do meio do ciclo. Como veremos mais adiante, este sangramento pode ser confundido com a nidação, pois ambos são possíveis causas de sangramento discreto na metade do ciclo menstrual. Para fins didáticos, vamos primeiro entender o que acontece se a mulher não engravidar.

Fase lútea

Quando o folículo rompe, ele libera o óvulo e adquire contornos irregulares. Passa a se chamar então corpo lúteo, que tem uma função importantíssima: produzir outro hormônio ovariano: progesterona. A progesterona é o hormônio da gestação, como o próprio nome indica e tem o objetivo de fazer o preparo final do endométrio, tornando-o nutritivo para receber o embrião que deverá chegar dentro de alguns dias. 

Assim, a progesterona é responsável pela fase final do preparo do endométrio para a nidação. O corpo lúteo produz a progesterona. Entretanto, ele dura somente cerca de 10 dias, quando então começa a regredir. Com isso, os níveis de progesterona começam a cair. Sem a progesterona, aquele endométrio que havia sido preparado para a nidação do embrião perde o suporte hormonal necessário e descama: é a menstruação – o início do ciclo menstrual seguinte, que costuma ocorrer 2 semanas após a ovulação.

E por que a mulher não menstrua quando engravida?

No ciclo que resulta em gravidez, o óvulo captado pela trompa é fecundado pelo espermatozoide em seu interior, originando um embrião. As primeiras etapas do desenvolvimento embrionário, portanto, ocorrem no interior da trompa e não na cavidade uterina. O embrião chega ao útero por volta do quarto ou quinto dia de desenvolvimento.

Antes da nidação, ele se movimenta livremente pelo endométrio, num mecanismo descrito como rolling (rolamento), que tem o objetivo de permitir que o embrião encontre o melhor local para implantar (a título de curiosidade, é por este motivo que não se justifica orientar repouso para uma paciente em tratamento de fertilização in vitro que acabou de ser submetida à transferência de embrião para o útero).

Somente por volta do sexto dia ele rompe uma espécie de capa protetora que o reveste (chamada zona pelúcida) e entrará em contato direto com o endométrio. Se esta interação embrião-endométrio ocorrer de forma adequada, ocorrerá a nidação. A etapa inicial envolve somente o contato próximo entre o embrião e endométrio: recebe o nome de aposição. A fase seguinte ocorre por meio da interação entre moléculas de adesão, tanto do embrião quanto das células do endométrio. É por meio destas moléculas que o embrião “gruda” no endométrio: é a adesão. 

Finalmente, começa o processo de invasão, no qual o embrião penetra no epitélio endometrial e acaba sendo recoberto por ele. Está agora implantado. Terminou a nidação e a mulher está efetivamente grávida. Evidentemente, várias outras modificações ocorrerão ao longo da gravidez, com a formação e desenvolvimento da placenta.

Quando ocorre a nidação, o embrião passa a produzir quantidades crescentes do hormônio da gravidez: a gonadotrofina coriônica (hCG). O hCG serve de “combustível” para o corpo lúteo, impedindo que ele regrida e que os níveis de progesterona caiam. Mantendo os níveis altos de progesterona, o endométrio (agora com um embrião implantado, ou seja, gravidez!) não descama e o sangramento não ocorre. Por isso o atraso menstrual é em geral o primeiro indício de que houve nidação do embrião e a mulher está grávida.

Hormônios ovarianos e a nidação

Vimos, portanto, que a gravidez resulta da interação entre o embrião e o endométrio. O endométrio é um tecido que se caracteriza por responder à ação de hormônios. Os hormônios ovarianos são fundamentais para preparar o endométrio para que a nidação ocorre de forma eficiente. O estrogênio é o hormônio que faz com que as células do endométrio proliferem, aumentando sua espessura.

Já a progesterona estimula a secreção das glândulas endometriais, tornando-o mais nutritivo e receptivo para o embrião. O ciclo menstrual, assim, todos os meses prepara o endométrio para a nidação. Quando este embrião não chega (e não há nidação), ocorre queda dos níveis de estrogênio e progesterona produzidos pelo ovário, fazendo com que o endométrio perca sua sustentação hormonal e descame, causando a menstruação.

A Botânica nos empresta um ótimo modelo de analogia para entendermos o papel do endométrio na gravidez. O endométrio é a terra. Dentro de um vaso, precisamos de uma determinada quantidade de terra. O estrogênio é o hormônio que aumenta a quantidade de terra no vaso. Antes de plantarmos a semente, precisamos adubar esta terra. O papel da progesterona é exatamente este: adubar a terra, tornando-a nutritiva para possibilitar que a semente germine.

É sangramento de nidação ou menstruação? 

Um fluxo inesperado de sangue pode sinalizar nova vida ou o fim da fertilidade deste mês. Por esse motivo, uma dúvida comum quando ocorre, é se é o caso de sangramento de nidação ou menstruação. Mas a verdade é que a única maneira certa de saber se é ou não um sangramento de nidação, é fazendo um teste de gravidez. No entanto, alguns aspectos podem ser notados, a fim de entender se é nidação ou menstruação.  

Por exemplo, em relação ao fluxo, que o de sangramento de nidação é menor e consistente, além de não ser contínuo. Já o sangramento do ciclo menstrual começa leve e fica mais pesado com o passar dos dias, sendo maior e contínuo, além de poder ter a presença de coágulos.

No caso de dúvidas se é sangramento de nidação ou menstruação, ou ainda se houver persistência do sangramento, é imprescindível o acompanhamento médico.

E quais são os sinais de nidação que a mulher pode perceber?

Não existe nenhum sinal ou sintoma que permita afirmamos, com segurança, que houve de fato a nidação e a mulher engravidou naquele ciclo específico. Em alguns casos, a implantação do embrião causa sangramento e a mulher percebe discreto sangramento genital por volta de 5 a 7 dias após o período ovulatório. Porém, como mencionamos antes, a flutuação hormonal que ocorre na fase da ovulação também pode causar discretos sangramentos. Assim, um sangramento que ocorra, por exemplo, por volta do 19º dia do ciclo menstrual pode decorrer tanto da nidação do embrião como da flutuação hormonal eventual em um ciclo com ovulação mais tardia.

Aliás, ovulações tardias, por volta do 20º dia do ciclo são bem mais frequentes que as pessoas imaginam. Por este motivo atrasos menstruais de alguns dias são tão frequentes, mesmo quando a mulher não engravidou (lembrando que a menstruação ocorre cerca de 2 semanas após a ovulação). Muitas mulheres, quando estão tentando engravidar, ficam atentas a eventuais sintomas da gravidez inicial mesmo antes do dia esperado para o início do fluxo menstrual. Também neste caso é muito difícil atribuir qualquer sintoma ao início de uma gestação. A maioria dos “sintomas de gravidez” que as mulheres apresentam nesta fase se devem à elevação da progesterona, como alterações emocionais e dor nas mamas.

Normalmente, a nidação é assintomática

Mesmo quando houve a nidação, os níveis do hormônio da gravidez (hCG) ainda são muito baixos para causar outros sintomas, como as náuseas, por exemplo. Portanto, ao mesmo tempo em que a presença de um sinal como sangramento discreto não significa que de fato houve nidação, a ausência de sintomas da nidação ou sinais tampouco indica que não houve. Em outras palavras, a maioria das mulheres que engravidam não sentem absolutamente nada quando ocorre a nidação e o primeiro sinal de que talvez ela tenha ocorrido é o atraso menstrual.

Apesar de na maioria das vezes ser assintomática, ocorrendo de forma imperceptível, pois variam de intensidade de acordo com cada pessoa. Cerca de 20% das mulheres podem apesar sintomas de nidação, como desconforto pélvico, sonolência e cansaço, e melasma.

O que pode atrapalhar a nidação?

Embriões com alterações cromossômicas possuem um menor potencial de implantação. Obviamente, o objetivo deste mecanismo natural é evitar gestações de embriões alterados, pois muitos erros cromossômicos são incompatíveis com a vida. No entanto, há situações nas quais outros mecanismos podem dificultar a implantação de embriões normais, fazendo com o que o casal tenha dificuldade em obter a gestação.

Como vimos anteriormente, a nidação depende da interação entre embrião e endométrio. Mesmo quando o embrião é normal, alterações do endométrio podem dificultar sua implantação, levando a um quadro de infertilidade. Não se conhecem todos os mecanismos celulares e moleculares que fazem com que a nidação seja bem sucedida. Ainda assim, doenças que acometem o endométrio podem ser responsáveis pelo insucesso da implantação do embrião:

Miomas submucosos

Miomas submucosos, isto é, que se localizam ou se projetam para dentro da cavidade uterina, podem comprometer o espaço e exercer a função de corpo estranho, dificultando a nidação ou até mesmo sendo causa de abortamentos no primeiro trimestre. O mesmo se aplica aos pólipos endometriais (que são pequenos tumores geralmente benignos da mucosa uterina), principalmente aqueles maiores de 1cm e que se localizam no terço superior da cavidade uterina.

Endometrites

Processos infecciosos agudos ou crônicos do endométrio, conhecidos como endometrites, podem também afetar a população de células e a produção de mediadores inflamatórios locais, dificultando a nidação. Atenção especial deve também ser dada para pacientes submetidas a cirurgias com abordagem da cavidade uterina, como histeroscopias para retirada de miomas ou pólipos e curetagens uterinas por abortamento. A manipulação cirúrgica do endométrio pode resultar na formação de aderências (conhecidas como sinéquias) que impedem a adequada interação com o embrião.

Como investigar falhas de implantação/nidação em tratamentos de reprodução assistida?

Por vezes, mesmo com tratamento de fertilização in vitro e transferência de embriões de excelente qualidade, o casal não consegue obter a gravidez. Neste caso, fala-se em falha de implantação, pois, apesar de termos a certeza de que embriões chegaram à cavidade uterina, sabemos que a nidação não ocorreu, pois o teste de gravidez resulta negativo. É possível (e até mesmo provável) que situação semelhante ocorra para um percentual de casais com história de infertilidade.

Porém, não existe nenhum método capaz de confirmar, em tentativas naturais, que houve fecundação do óvulo e que o embrião de fato se formou. A forma mais precoce de se diagnosticar que houve a formação do embrião é quando ele já está implantado e a mulher já está grávida – é o teste de gravidez positivo. No caso da FIV, existem diferentes formas de se investigar e se tratar as falhas de implantação. Infelizmente, nenhuma delas é eficaz na totalidade dos casos. É possível que existam fatores distintos que dificultam a ovulação. Mas o princípio da investigação segue aquilo que conhecemos sobre o sucesso da nidação: avaliar qualidade do embrião e do endométrio.

Mesmo embriões com boa morfologia e desenvolvimento podem deixar de implantar por alterações cromossômicas.

O estudo dos cromossomos por meio de biópsia realizada antes da transferência para o útero permite que conheçamos de antemão se o embrião transferido é cromossomicamente normal. Assim, procuramos transferir somente embriões com resultado normal, evitando que a falha de nidação ocorra por uma anomalia embrionária. O endométrio, por sua vez, tem sido foco de investigação cada vez mais detalhada nos últimos anos.

Além da histeroscopia, que permite a visão direta da cavidade uterina e eventual diagnóstico de pólipos, miomas, aderências ou mesmo processos inflamatórios, testes mais recentes tem como objetivo avaliar de forma objetiva a receptividade endometrial. Por meio de uma simples biópsia, é estudada a expressão de alguns genes do endométrio relacionados com a implantação e o estudo afirma se o tempo de exposição ao hormônio progesterona foi suficiente. Este exame recebe o nome de ERA (endometrial receptivity array).

As falhas de nidação também têm levado ao estudo do microbioma endometrial, isto é, a avaliação de todos os microrganismos que habitam a cavidade uterina. Alguns estudos têm mostrado correlação de falhas de implantação com um microbioma uterino alterado. Muito ainda há para se aprender sobre processo de nidação do embrião. Os próximos anos devem trazer avanços sobre os aspectos moleculares envolvidos. O avanço do conhecimento nesta área poderá futuramente permitir diagnóstico de outras causas de infertilidade e novos tratamentos.

Inseminação intrauterina: mitos e verdades

A inseminação intrauterina ou inseminação artificial é uma técnica bastante buscada por casais que apresentam dificuldade em engravidar. Contudo, é comum haver muitas dúvidas sobre o procedimento.

Apesar de amplamente conhecida, a inseminação intrauterina está sempre se aprimorando, já que a medicina trabalha constantemente para trazer inovações e melhores resultados para os tratamentos. Nesse contexto, muitos mitos sobre o assunto acabam sendo criados e difundidos entre as pessoas.

Por isso, se está pensando em fazer uma inseminação intrauterina, conheça os principais mitos e verdades sobre a técnica e tire suas dúvidas!

Mitos e verdades sobre inseminação intrauterina

Posso escolher o sexo do bebê

Mito. Uma vez que o sexo do bebê é determinado pelo espermatozoide (que pode conter o cromossomo X ou Y), a colocação de milhões de espermatozoides no útero torna possível a fertilização do óvulo tanto por espermatozoides X como Y, pois não existem técnicas que permitam separar os dois tipos com eficiência de 100%. Tratamentos para escolha do sexo só são permitidos em situações específicas (como algumas doenças hereditárias), mas a técnica que permite esta avaliação é a fertilização in vitro com biópsia dos embriões.

Posso ficar grávida de gêmeos

Verdade. O estímulo ovariano que precede a inseminação intrauterina pode fazer com que ocorra o desenvolvimento simultâneo de mais de um óvulo, o que possibilita a formação e implantação de mais de um embrião. 

A mulher engorda ao fazer inseminação intrauterina

Mito. Na verdade, o que pode ocorrer é um inchaço decorrente da retenção de líquido. O uso de alguns hormônios pode de fato levar a isso, fazendo com que o peso da mulher aumente transitoriamente em algumas etapas do tratamento. No entanto, vale lembrar que qualquer tratamento de infertilidade costuma fazer com que o casal fique ansioso, o que é natural. Algumas pessoas, quando ansiosas, comem mais (e nem sempre alimentos saudáveis). Lembre-se: os hormônios não engordam, mas comida sim! 

Há maiores chances de riscos para o bebê

Mito. O método de inseminação intrauterina é semelhante ao método natural de engravidar. Por isso, os riscos de uma gravidez proveniente em cada um dos métodos não são muito diferentes. 

Assim, o bebê nascido de uma inseminação artificial não corre mais riscos de má formação nem sofre maiores problemas do que um bebê gerado naturalmente.

A gravidez é garantida com o tratamento

Mito. A inseminação intrauterina tem uma taxa de sucesso por volta dos 20%. Além disso, vários fatores estão envolvidos no sucesso de uma fecundação assistida, como a idade da mulher. Antes dos 40 anos, por exemplo, a mulher tem mais chance de conseguir engravidar com métodos mais simples de reprodução assistida.

Além da idade, condições de saúde e grau ou motivo de infertilidade também influenciam o resultado. Por isso, para ter ideia das chances reais de sucesso, é sempre importante consultar um médico especialista para que ele avalie cada caso individualmente.

O tratamento de inseminação intrauterina é caro

Mito. Este método não tem custo elevado, principalmente se comparado com outros métodos de reprodução assistida. A inseminação artificial utiliza uma técnica bastante simples, com poucos procedimentos e com pouco uso de materiais e equipamentos clínicos. Tudo isso faz com que o método não encareça tanto e se torne mais acessível.

Esses são alguns dos principais mitos e verdades sobre a inseminação intrauterina, que esperamos ter esclarecido para você. Vale destacar que, antes de se decidir por fazer uma reprodução assistida, é fundamental passar por uma avaliação com um especialista, que saberá solicitar os exames necessários, fazer o diagnóstico correto e indicar o melhor tipo de tratamento para cada caso. 

Reprodução assistida e gravidez de gêmeos

Muitos mitos que rodeiam a reprodução assistida dizem respeito a um tema comum: a gravidez múltipla.

Afinal, a reprodução assistida aumenta as chances de uma gravidez de gêmeos? Aqui você vai descobrir essa resposta.

O que é e como acontece a gestação múltipla

gravidez de gêmeos (múltipla) é aquela na qual acontece a formação de mais de um bebê. A gestação múltipla pode ocorrer por dois mecanismos explicados a seguir.

  • Quando mais de um óvulo é liberado e fecundado durante o ciclo: são as gestações gemelares di ou trizigóticas (depende do número de embriões formados). Os gêmeos não são idênticos, são geneticamente distintos e podem até ser de sexos diferentes.
  • Quando um único óvulo fecundado se divide e dá origem a um ou mais embriões: são as gestações gemelares monozigóticas. Os bebês são idênticos e têm a mesma carga genética. 

É possível uma gravidez de gêmeos na reprodução assistida?

Embora seja um pensamento comum e a possibilidade exista, é errado dizer que reprodução assistida é sinônimo de gravidez de gêmeos. Vamos entender melhor?

Uma pergunta muito ouvida por pais de gêmeos é: foi natural ou fertilização in vitro (FIV)? Afinal, o número de gestações múltiplas cresceu consideravelmente nos últimos 20 anos, sendo a expansão dos tratamentos de reprodução humana (TRA) a principal razão.

Em 2016, apenas nos Estados Unidos, 16,2% dos gêmeos eram resultantes de TRA, sendo que, aproximadamente, 30,4% de todas as crianças nascidas por TRA eram gêmeos, número bem maior que a incidência de gêmeos na população geral, que é de 3,3%. 

É importante dizer que as 3 principais técnicas em Reprodução Assistida são: coito programado (CP), inseminação intrauterina (IIU) e Fertilização in vitro (FIV). Cada uma delas traz um risco de gravidez de gemelar. 

Relação entre reprodução assistida e gravidez de gêmeos

No CP e na IIU, fazemos uma indução da ovulação ou estimulação ovariana leve, e a ideia é fazer com que um ou no máximo 3 folículos cresçam. A ovulação vai acontecer e esse(s) folículo(s) vão liberar seu(s) óvulo(s). 

A relação sexual vai acontecer no caso do coito programado (CP) e a injeção do sêmen dentro do útero no caso da IIU.  Esses óvulos podem ser fertilizados dentro do corpo da mulher e a indução ovariana tem que ser bem controlada com ultrassons periódicos. 

E é por isso que temos que tomar muito cuidado com esses tratamentos que chamamos de baixa complexidade, mas que podem trazer alto risco de gestação gemelar se não forem bem conduzidos. 

A atenção ao número de folículos em desenvolvimento e a decisão de cancelamento de ciclo geralmente se houver mais de 3 folículos crescendo são importantes para evitar uma gravidez múltipla de quatro, até cinco bebês. Na baixa complexidade, então, o risco de gestação múltipla aumenta de acordo com número de óvulos que podem ser liberados e fertilizados. 

Na FIV, o processo é diferente. Fazemos uma estimulação ovariana controlada, com medicamentos em doses mais altas com o objetivo de promover o crescimento dos folículos. A ideia é captar o maior número de óvulos possível para formar os embriões. Então, na FIV, a chance de gestação múltipla está relacionada ao número de embriões que serão transferidos.

A gestação gemelar pode ser vista como uma complicação do tratamento em Reprodução Assistida e devemos evitá-la devido às complicações maternas e fetais inerentes a este tipo de gravidez.

Décadas atrás, era bastante comum ouvir que foram transferidos mais de 3 embriões em uma FIV, e isso se fazia na tentativa de aumentar as chances de sucesso do tratamento. Entretanto, hoje, há uma tendência mundial de realizar transferência eletiva de um único embrião, principalmente em casos de bom prognóstico (em geral mulheres abaixo de 38 anos com embriões de boa qualidade).

Além disso, mesmo que apenas um embrião seja transferido, existe a possibilidade de que ele se divida gerando mais de um bebê. Mas a chance disso acontecer é bem mais baixa, ao redor de 1%.  

Desse modo, ainda que a gestação múltipla não seja uma regra na reprodução assistida, é fundamental que as partes envolvidas no tratamento estejam cientes dessa possibilidade e dos riscos envolvidos. Afinal, uma gravidez gemelar demanda alguns cuidados especiais.

Gravidez gemelar e cuidados especiais

gravidez de gêmeos pode ser de risco para mamãe e bebês. As principais complicações são diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, descolamento da placenta, parto prematuro, transfusão feto-fetal, restrição de crescimento, entre outras.

Apesar disso, com o acompanhamento pré-natal adequado é possível que tudo corra bem até o nascimento.

Casais homoafetivos femininos e suas famílias

Nos últimos anos tem aumentado o número de casais homoafetivos femininos em busca de reprodução assistida para realizar o sonho da maternidade.

Os avanços da medicina proporcionam soluções e diversas alternativas que valorizam a diversidade sexual e permitem que casais homoafetivos femininos constituam famílias e alcancem o sonho de ter um filho.

Afinal, como funciona a reprodução assistida para casais homoafetivos femininos?

A reprodução humana assistida homoafetiva para uniões femininas pode ser feita por meio de diversos tratamentos disponíveis na Reprodução Assistida. Em casais de mulheres, óvulos e úteros podem estar disponíveis para participar de todo o processo de concepção e gestação. Porém, faltam os espermatozoides, que podem ser utilizados com o auxílio de bancos de sêmen. 

É importante ressaltar que os doadores masculinos são anônimos e assinam um termo de consentimento em que assumem que não têm direito nem deveres em relação à criança concebida através do material genético doado. 

O casal homoafetivo passa por uma avaliação completa e, então, o médico, em conjunto com os pacientes, escolhem quem doará os óvulos e quem gestará o futuro bêbe. Claro que a mesma mulher pode exercer as duas “funções”. Após isso,  há basicamente 2 tratamentos que podem ser indicados. Saiba quais são:

Inseminação intrauterina (inseminação artificial)

Na inseminação artificial, a mulher que doa os óvulos é a mesma que ficará grávida. Nesse tratamento o sêmen escolhido é processado e injetado no útero após uma estimulação da ovulação.

Fertilização in Vitro (FIV)

O tratamento de FIV é uma opção bastante adotada pelos casais homoafetivos femininos. Nesse caso, os óvulos serão fertilizados em laboratório pelo sêmen escolhido. Formam-se os embriões que serão transferidos posteriormente para o útero de uma delas.

Fertilização e reprodução assistida para casais LGBTQIAPN+

O Conselho Regional de Medicina reconhece que os casais formados por pessoas do mesmo sexo, ou seja, os casais homoafetivos masculinos e os casais homoafetivos femininos, têm o direito de recorrer aos tratamentos de reprodução assistida e este tipo de tratamento é realizado com grande frequência em clínicas de Reprodução Humana do mundo todo.

Sendo assim, os casais homoafetivos que desejam ter filhos devem procurar clínicas especializadas para conhecer as possibilidades de tratamento.

Falhas da FIV: conheça as principais razões

Hoje, vamos falar sobre as falhas da FIV. 

A fertilização in vitro é um dos métodos mais eficazes e procurados pelos casais para tentar a gravidez. A técnica envolve a fertilização dos óvulos pelos espermatozoides em um laboratório, fora do útero. Vamos agora entender melhor as razões das falhas da FIV!

A taxa de sucesso da FIV é, em geral, entre 40-45%. Apesar da surpreendente evolução que a medicina reprodutiva fez nos últimos anos, a FIV, como qualquer outro tratamento, falha e pode trazer resultados negativos.

Falhas da FIV: entenda

Vários são os limites para o sucesso do tratamento de FIV. É função do especialista  em reprodução humana  diagnosticar causas potenciais de falhas da FIV, como também orientar o casal de forma verdadeira,  sobre as taxas de sucesso. É sempre importante lembrar que, na maioria dos casos, a chance de dar errado é maior que a chance de sucesso. Temos portanto, de informar às pacientes e ajudá-las a entender e conviver com isso da melhor forma possível durante o tratamento. Pensamentos positivos nesse momento são fundamentais. 

Principais causas

Presença de infecções subclínicas (difíceis de diagnosticar), fatores masculinos, fatores ovarianos,  fatores relacionados a receptividade endometrial, fatores imunológicos, fatores genéticos do casal e do próprio embrião.

O que fazer depois que a FIV deu errado?

Após um resultado negativo é importante reavaliar o caso o e todas as fases do tratamento. Os fatores de infertilidade, protocolo de estímulo ovariano, aspiração folicular e protocolo de transferência embrionária devem ser revisto e o especialista decide se há algo de diferente a ser feito para melhorar o resultado. Muito importante também confortar o casal nesse momento difícil, ser o mais verdadeiro possível e buscar sempre resgatar boas energias para não perder de vista nem desistir do grande objetivo que é um bebê saudável em casa.

Medidas para o embrião

  • Alguns estudos e técnicas diferentes podem ser a solução para o sucesso da FIV. 
  • Estudo genético embrionário (PGT-A).

Medidas para o endométrio

Não existe medida efetiva comprovada para melhorar a qualidade endometrial. Entretanto, alguns procedimentos não oneram custo e são pouco invasivos, podendo ser utilizados de rotina diante de uma falha na FIV. Confira algumas:

  • Pesquisas de trombofilias quando há indicações;
  • Avaliação endometrial por histeroscopia diagnóstica e pesquisa de endometrite;
  • Avaliação da receptividade endometrial.

Conte com ajuda psicológica

A recomendação é importante para todo o processo, e não apenas para o início e depois do resultado. O apoio psicológico é essencial para um casal que deseja iniciar ou está em tratamento de fertilização in vitro. Mudanças significativas na rotina, a necessidade de cuidados especiais, as emoções e as diferentes expectativas associadas afetam o estado mental e a capacidade de lidar com eventos adversos.

Inseminação artificial e FIV: saiba a diferença

A reprodução assistida é indicada para pessoas solteiras que desejam ter um filho, assim como para pessoas LGBTQIA+ com desejo reprodutivo, mas sem possibilidade de gestação espontânea, grupo do qual fazem parte os relacionamentos homoafetivos, por exemplo, nos quais existe somente um tipo de gameta (óvulos ou espermatozoides).

Também é indicada para casais heterossexuais inférteis ou que apresentam algum grau de dificuldade para engravidar naturalmente. Entre os tratamentos que fazem parte dessa especialidade médica, a inseminação artificial e a fertilização in vitro, sem sombra de dúvidas, são os mais conhecidos.

No entanto, muitas pessoas confundem os dois procedimentos e não sabem quando eles são indicados. Conhecer a diferença entre inseminação artificial e fertilização in vitro e entender como funcionam as duas técnicas é imprescindível.

Reprodução assistida: o que é?

A reprodução assistida é o nome dado a um conjunto de técnicas médicas que têm como objetivo viabilizar a gestação para pessoas com dificuldade ou impossibilidade de conceber uma criança por meio de relações sexuais.

Os tratamentos podem ser classificados em baixa ou alta complexidade. Os tratamentos de baixa complexidade, incluindo o coito programado e a inseminação artificial (também conhecida como inseminação intrauterina), dependem da fertilização do óvulo dentro do organismo em que ocorrerá a gestação.

Já nos tratamentos de alta complexidade, a fertilização do óvulo ocorre no laboratório, compreendendo a fertilização in vitro (FIV) clássica e a ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoides).

Entenda a diferença entre inseminação artificial e fertilização in vitro

A diferença entre inseminação artificial e fertilização in vitro é que, no primeiro caso, milhões de espermatozóides obtidos após o processamento do sêmen no laboratório são depositados diretamente na cavidade uterina para que ocorra o encontro com o óvulo na trompa e a fecundação. Já na fertilização in vitro, o óvulo é fecundado no laboratório e o embrião resultante é posteriormente transferido para o útero.

Inseminação artificial

A inseminação artificial encurta a viagem dos espermatozoides e permite que somente aqueles com melhor qualidade cheguem à cavidade uterina e entrem na trompa para encontrar o óvulo que deverá ser fecundado. O tratamento de AI pode ser indicado em casos de:

  • Distúrbios de ovulação;
  • Infertilidade sem causa aparente;
  • Homens com alteração seminal leve;
  • Homens com disfunção sexual;
  • Indicação de utilização de sêmen doado (homens azoospérmicos, por exemplo);
  • Estresse emocional do casal decorrente de ciclos repetidos de coito programado.

O procedimento é dividido nas seguintes etapas: estimulação ovariana, maturação do(s) óvulo(s), coleta e preparação do sêmen, e inseminação intrauterina.

Fertilização in vitro (FIV)

A fertilização in vitro, também conhecida simplesmente como FIV, é o tratamento de reprodução assistida mais famoso e com as mais altas taxas de sucesso. Suas principais indicações são as seguintes:

  • Obstrução das trompas;
  • Mulheres com idade avançada;
  • Alterações moderadas ou graves da qualidade do sêmen;
  • Pacientes com longo tempo de infertilidade;
  • Pessoas com histórico de doenças genéticas;
  • Pessoas LGBTQIAPN+ com desejo reprodutivo (incluindo casais homoafetivos e pessoas trans);
  • Pessoas sem parceria e que desejam ter filhos;
  • Falha dos métodos de baixa complexidade (coito programado e/ou inseminação artificial);
  • Necessidade de tratamento com óvulos de doadora;
  • Tratamento com útero substitutivo (cessão temporária de útero).

Ao contrário da inseminação artificial, a FIV consiste em estimular a liberação de uma quantidade maior de óvulos que serão coletados, manipulados e fertilizados em laboratório. Os embriões resultantes poderão ser transferidos para o útero ou congelados.

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