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Risco de câncer de mama e infertilidade

Risco de câncer de mama e infertilidade

Pesquisadores do King’s College London analisaram estudos envolvendo 1,8 milhão de mulheres submetidas a tratamentos de fertilidade. Essas mulheres foram acompanhadas por um período médio de 27 anos e não tiveram aumento no risco de desenvolver câncer de mama.

pesquisa, publicada na revista Fertility and Sterility, é o maior estudo até o momento avaliando se os medicamentos para fertilidade comumente usados são um risco de câncer para as mulheres.

Normalmente, os tratamentos de fertilidade podem variar desde o uso de medicamentos para aumentar a liberação de óvulos no ciclo natural da mulher até tratamentos mais complexos, como a fertilização in vitro, que envolve estimular o ciclo ovariano de uma paciente, extrair óvulos de seus ovários, fertilizá-los com sêmen em um laboratório e depois transferir o embrião para o útero para que ele se desenvolva.

Os medicamentos para estimular os ovários têm sido usados para tratar a infertilidade desde o início dos anos 1960. Os remédios aumentam a produção do hormônio estrogênio e podem atuar nas células mamárias. Havia a preocupação de que isso pudesse tornar as células cancerosas, o que levou a uma incerteza sobre o risco potencial dos medicamentos para fertilidade.

Importância do estudo

A  pesquisa analisou estudos de 1990 a janeiro de 2020. Mulheres de todas as idades reprodutivas foram incluídas nesta metanálise e acompanhadas por uma média de 27 anos após o tratamento de fertilidade.

“Resultado? Os pesquisadores não encontraram aumento significativo no risco de mulheres expostas ao tratamento versus mulheres não tratadas e mulheres não tratadas que eram inférteis”,  afirma Pedro Peregrino, especialista em Reprodução Humana, diretor da Clínica Venvitre.

Segundo os autores do estudo, o tratamento de fertilidade pode ser uma experiência emocionalmente desgastante. E muitas pacientes questionam se tomar os medicamentos estimuladores da ovulação pode as colocar em maior risco de desenvolver câncer, incluindo câncer de mama.

“A resposta para essa dúvida veio com esta metanálise que reúne dados de quase 2 milhões de pessoas. A nova pesquisa mostrou que o uso de medicamentos para estimular os ovários no tratamento de fertilidade não coloca as mulheres em risco aumentado de câncer de mama. O estudo fornece as evidências necessárias para tranquilizar as mulheres que procuram os tratamentos de fertilidade”,  diz Pedro Peregrino.

Muito do medo, estresse e ansiedade associados ao tratamento de fertilidade estão enraizados na incerteza sobre a jornada do tratamento, o que muitas vezes não permite que o paciente tome decisões informadas sobre os riscos e os benefícios do tratamento em um nível racional.

Antes, não estava claro se o tratamento de infertilidade afetaria o risco de câncer de mama no futuro. Agora, sabemos que é improvável que isso aconteça. E está é uma informação essencial para que a jornada do paciente seja mais segura.

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