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Contagem de folículos antrais

Contagem de folículos antrais na FIV

Muitas pacientes que desejam engravidar procuram acompanhamento especializado para identificar seu potencial reprodutivo e os métodos mais eficazes para realizar o sonho de uma gestação.

A contagem de folículos antrais (CFA) é uma técnica para analisar a reserva ovariana das mulheres em idade reprodutiva. Com a realização do exame, a equipe médica irá identificar o potencial de resposta ovariana ao estímulo e avaliar o prognóstico do tratamento de fertilização in vitro (FIV).

O que é a contagem de folículos antrais (CFA)?

Folículos antrais são as estruturas ovarianas dentro das quais os óvulos se desenvolvem. Quando estão na fase denominada antral, apresentam líquido em seu interior e passam a ser vistos ao ultrassom como pequenas bolas pretas dentro dos ovários. Quanto maior a reserva ovariana, isto é, o número total de óvulos presentes nos ovários, maior o número daqueles que se encontram nesta fase do desenvolvimento. Por este motivo, a contagem dos folículos antrais é um dos parâmetros utilizados para avaliar a reserva ovariana. A avaliação é realizada por ultrassonografia transvaginal entre o 2º e o 5º dia do fluxo menstrual. Durante o exame, todos os folículos medindo entre 2 e 10mm de diâmetro são contados, em ambos os ovários. 

O número total dos folículos antrais indica se a reserva ovariana está dentro da esperada para cada faixa etária. Em linhas gerais, números inferiores a 8 indicam menor reserva. Ao longo dos anos de idade reprodutiva, a reserva ovariana vai progressivamente diminuindo, de forma que é frequente menor número de folículos em mulheres com idade próxima aos 40 anos. 

O diagnóstico após a contagem de folículos antrais é muito importante para a equipe médica orientar as pacientes a respeito dos melhores métodos para tratamento de reprodução humana. 

Qual é a influência da contagem de folículos antrais para a FIV?


A contagem de folículos antrais é um dos fatores prognósticos do tratamento de fertilização in vitro. Quanto maior a reserva, maior o número de óvulos maduros obtidos e que poderão ser fertilizados no laboratório. Consequentemente, o número de embriões formados também será maior. Sabendo-se que nem todo embrião apresenta potencial de originar uma gestação bem sucedida, é simples entender que quanto maior o número de óvulos que o laboratório de embriologia recebe de uma paciente, maior será a chance de que pelo menos um deles origine um embrião viável. 

Por este motivo, estudos demonstram de forma clara que a resposta ovariana ao estímulo tem relação direta com as taxas de sucesso do tratamento. É importante ressaltar, no entanto, que o número de óvulos não é o único fator que influencia o prognóstico. A idade da mulher é outro fator de grande importância, já que a qualidade dos óvulos vai diminuindo com o passar dos anos. Os óvulos mais velhos apresentam maior chance de alterações cromossômicas e, portanto, de originar embriões inviáveis. Portanto, a queda nas taxas de sucesso do tratamento de FIV em mulheres mais velhas, notadamente após os 40 anos, é explicada pela diminuição da qualidade e da quantidade dos óvulos obtidos. 

A contagem dos folículos antrais também é importante para o médico especialista programar o protocolo de tratamento na fertilização in vitro. Em mulheres com mais de 20 folículos, existe maior risco de desenvolvimento da chamada síndrome de hiperestímulo ovariano. A contagem dos folículos permite a escolha correta do protocolo para estímulo, assim como programação do congelamento dos embriões. Tais medidas visam à diminuição do risco de hiperestímulo, tornando o procedimento mais seguro.  

Portanto, a avaliação da reserva ovariana é fundamental para a equipe médica desenvolver a estratégia para cada tratamento de reprodução humana assistida. Em caso de mulheres com baixa reserva, é possível adotar medidas para maximizar a quantidade de óvulos coletados, tais como o ajuste das doses das medicações utilizadas e, eventualmente, ciclos repetidos de estímulo ovariano. É importante que fique claro que a reserva ovariana não é o único fator prognóstico, havendo mulheres com baixa reserva mas com ótimas chances de gravidez. É papel do médico especialista em Reprodução Humana avaliar globalmente o caso, discutindo chances e melhores estratégias para o tratamento para cada paciente. 

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