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Casais LGBTQIAPN+: conheçam suas opções

Casais LGBTQIAPN+: conheçam suas opções

Os casais LGBTQIAPN+ podem realizar o sonho de construir uma família com o auxílio das técnicas de reprodução assistida, que conferem a todos a possibilidade de terem filhos biológicos.

As possibilidades mais indicadas e com maiores taxas de sucesso são óvulos de doadora e útero de substituição (no caso dos homens), e sêmen de doador (no caso de mulheres).

Sendo assim, casais LGBTQIAPN+ devem procurar especialistas em reprodução humana, realizar investigação completa e encontrar o tratamento mais adequado de acordo com as possibilidades reprodutivas do casal.

Quais são as alternativas de reprodução assistida?

Casais masculinos

No caso de homoafetivos masculinos, o tratamento de escolha é o de Fertilização in Vitro (FIV). O primeiro passo é achar uma doadora de útero. Carinhosamente chamado de “barriga solidária”, o útero de substituição é um dos tratamentos indicados para casais masculinos. Neste caso, a doadora temporária que deve conceder o útero para receber a implantação do embrião precisa pertencer à família do casal. A ligação familiar pode chegar até o quarto grau: mãe, irmã, avó, tia e prima.

Para esse procedimento, os óvulos devem ser coletados através de ovodoação anônima, realizada em clínicas especializadas em reprodução humana. Apesar da doação de óvulos ser anônima, o casal LGBTQIAPN+  poderá ter acesso às informações a respeito da mulher doadora, embora não possa ver fotos. Além disso, é importante lembrar que as características físicas da  doadora, em geral, seguem “padrões” parecidos com a  do casal, ou pelo menos as características desejadas por eles.

“Para as etapas de útero de substituição, o casal será avaliado pela equipe médica, que vai determinar qual dos parceiros (um deles ou ambos) possui melhor qualidade seminal para o tratamento de fertilização in vitro. O material biológico do sêmen será coletado de um dos homens para as etapas de fertilização do óvulo em laboratório. Na próxima etapa, o embrião será transferido e implantado no útero da doadora”, explica a especialista em Reprodução Assistida, Paula Marin, diretora da Clínica Venvitre.

Casais femininos

Para casais homoafetivos femininos, há duas opções de tratamento: FIV ou inseminação intrauterina. Dentre elas, a FIV tem maiores chances de sucesso. O primeiro passo é o casal passar por uma investigação completa e decidir quem vai doar os óvulos e quem vai gestar. A depender do resultado da investigação, a mesma mulher pode doar os óvulos e gestar, sem nenhum problema. O segundo passo é adquirir um sêmen de doador, que nesse caso também é anônimo, assim como ocorre com as doadoras de óvulos. 

Novamente, todas essas orientações são guiadas por equipe médica especializada a fim de possibilitar condições adequadas para o casal LGBTQIAPN+.

Depois da etapa de avaliação, há a escolha do tratamento. Para a inseminação artificial, o sêmen adquirido será colocado no útero de uma das mulheres, com estimulação ovariana prévia. Para essa opção ser empregada, as trompas devem ser saudáveis.

“Outra alternativa muito procurada também por casais femininos é a FIV. Neste caso, há estimulação ovariana, captação dos óvulos em uma das mulheres, fertilização dos óvulos pelo sêmen escolhido, formação de embriões em laboratório e posterior transferência do embrião para o útero do mesmo cônjuge ou da parceira”, afirma a médica.

Se o desejo do casal for que uma delas doe os óvulos e a outra engravide, então o método indicado é a fertilização in vitro, já que os óvulos serão coletados de uma paciente e transferidos para a cavidade uterina da outra parceira do casal. Nesse tipo de tratamento, o material biológico masculino deve também ser coletado em bancos de doadores anônimos.

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