Skip to main content

Testosterona feminina e gravidez

A testosterona é responsável pelo desenvolvimento de tecidos reprodutores (pênis, testículos e próstata) e musculares, por estimular a produção de espermatozoides, pelo engrossamento da voz e pelo crescimento de pelos pubianos e faciais.

Por esse motivo, é conhecida como “hormônio masculino”, uma vez que essas são características associadas aos homens. No entanto, ao contrário do que muitas pessoas imaginam, as mulheres também apresentam a substância no organismo.

Embora esteja presente em menor quantidade, a testosterona feminina também tem um papel importante para o organismo das mulheres.

Uma dúvida muito comum é: afinal, a testosterona feminina tem ligação com a gravidez ou fertilidade? Qual a função do hormônio?

Como funciona a substância?

Nas mulheres, a testosterona atua como hormônio sexual e tem papel importante no processo de ovulação e também na manutenção do desejo sexual para, então, favorecer o período de reprodução. Com o passar dos anos, a presença desse hormônio no organismo da mulher vai diminuindo. A redução da testosterona feminina causa alguns sintomas:

  • Depressão;
  • Queda na libido;
  • Aumento de gordura corporal;
  • Redução significativa da massa muscular;
  • Comprometimento do desempenho sexual.

Assim, podemos dizer que a testosterona tem um papel fundamental na regulação biológica e no processo reprodutivo das mulheres. Por esse motivo, alterações relacionadas à presença desse hormônio podem interferir na fertilidade e na possibilidade de uma gravidez.

Qual a relação entre testosterona feminina e gravidez?

Os níveis de testosterona feminina ou simplesmente androgênios, participam ativamente na produção de estrogênio. Por isso, têm papel importante na dominância folicular do ovário e no processo ovulatório. No entanto, a substância em excesso e/ou em baixos níveis pode ser um obstáculo para quem deseja engravidar.

Enquanto os baixos níveis  diminuem o desejo sexual, a testosterona em excesso pode impedir a ovulação e, consequentemente, a liberação do óvulo. Dessa forma, é impossível que ocorra a fecundação do óvulo pelo espermatozoide.

Para avaliar os níveis da substância no organismo da mulher, o médico pode solicitar exames de dosagem de testosterona livre e testosterona total. Ao ser constatado o desequilíbrio hormonal, o tratamento pode incluir suplementação de hormônios femininos ou suplementação de testosterona em casos específicos O médico fará a escolha avaliando caso a caso.

A doença mais conhecida que se relaciona com excesso de testosterona é a Síndrome dos Ovários Policísticos, em que as mulheres têm um desbalanço hormonal, devido ao aumento dos andrógenos no sangue.

Dessa forma, a dificuldade para engravidar relacionada à substância tem tratamento. O ideal é buscar a orientação de um especialista em reprodução humana e infertilidade que possa fazer uma investigação detalhada e orientar quanto ao tratamento mais efetivo.

Fale com um especialista em fertilidade

A equipe da Venvitre é formada por médicos especialistas no tratamento da infertilidade. Somos uma clínica inovadora, que atua na pesquisa e na orientação de tratamentos comprovadamente efetivos, como a FIV e a inseminação artificial.

Avaliação endometrial: entenda o procedimento

O endométrio, composto por vasos sanguíneos e glândulas, é o tecido que reveste a parede interna do útero e tem a função de garantir que a nidação (fixação do embrião) ocorra e que o embrião seja nutrido nos primeiros estágios da gestação até que a placenta seja formada.

Sendo assim, o desenvolvimento do tecido endometrial, influenciado pelos hormônios do ovário (progesterona e estrogênio), é fundamental para a evolução da gravidez. A cada ciclo menstrual, quando o óvulo não é fecundado, o endométrio é descartado. 

Dada a importância do endométrio para a fixação e a nutrição inicial do embrião, a avaliação endometrial é imprescindível nos tratamentos de reprodução assistida. Neste sentido, é necessário que as pacientes tenham ciência sobre como é feita essa análise.

O que é e como funciona a avaliação endometrial?

Já se sabe que a infertilidade conjugal pode ser causada por fatores masculinos e/ou fatores femininos. Dentre os fatores femininos, as alterações no endométrio podem dificultar a implantação do embrião, assim como resultar em perdas gestacionais recorrentes. 

Por esse motivo, a avaliação endometrial faz parte do processo de investigação de casos de infertilidade. O objetivo da avaliação da mucosa que reveste o útero é identificar alterações que possam dificultar ou impedir a gestação, tais como:

  • Pólipos;
  • Endometrites (inflamação do endométrio);
  • Septos uterinos;
  • Sinéquias (aderências entre as paredes uterinas, que impedem o desenvolvimento do endométrio);
  • Miomas (nódulos de musculatura uterina);
  •  Adenomiose (presença de tecido endometrial na musculatura do útero).

Para realizar a avaliação do tecido do endométrio, o médico especializado em reprodução humana indica a realização de uma série de exames, entre eles: ultrassom transvaginal, histeroscopia, histerossonografia, teste ERA e teste EMMA.

Ultrassom transvaginal

O ultrassom transvaginal é um exame de imagem que visa avaliar os órgãos pélvicos, incluindo o colo  e o corpo do útero, as trompas de Falópio e os ovários da paciente. No período ovulatório, o ideal é que o endométrio apresente aspecto trilaminar e espessura de pelo menos 7mm.

Histeroscopia

A histeroscopia consiste em visualizar de forma direta a cavidade uterina, com o auxílio de uma fina cânula acoplada a uma câmera introduzida pelo colo uterino. O exame possibilita a identificação e o tratamento de pólipos, miomas, sinéquias, endometrite e septos uterinos. 

Histerossonografia

É uma ultrassonografia detalhada da cavidade uterina, que é distendida com soro fisiológico, permitindo uma melhor avaliação dos seus contornos, sendo indicada principalmente em casos de suspeita de lesões dentro da cavidade uterina, tais como miomas, pólipos e septos uterinos.  

Teste ERA

O teste ERA consiste em avaliar a receptividade do tecido endometrial através da biópsia do endométrio e da análise da expressão de mais de 200 genes por suas células. Pode ser indicado para pacientes em tratamento de fertilização in vitro e que apresentam o que chamamos de falha de implantação embrionária. 

Teste EMMA e Alice

Já os testes EMMA e Alice, que também podem ser recomendados na avaliação endometrial, promovem a análise genômica do microbioma do endométrio e a presença de endometrite crônica no material obtido por biópsia endometrial. O objetivo é detectar a presença de desequilíbrio das bactérias normalmente encontradas no trato genital feminino, permitindo a identificação de agentes patogênicos que podem causar endometrite crônica, geralmente assintomática e, com isso, dificultar a implantação do embrião. 

Em resumo, a avaliação do endométrio é indicada para pacientes em tratamento de reprodução assistida com o objetivo de identificar e tratar causas de infertilidade, assim como analisar a receptividade do tecido para fixar e nutrir o embrião implantado na FIV. 

É importante deixar claro, no entanto, que nem todas as pacientes precisam ser submetidas a todos esses exames. As indicações dependerão fundamentalmente de uma boa história clínica, exame físico e achados no único exame que é realizado em todos os casos: a ultrassonografia. 

Endométrio: alterações podem afetar a fertilidade

O endométrio é o tecido que reveste a parede interna do útero. Sua espessura varia ao longo do ciclo menstrual a depende da concentração de determinados hormônios na corrente sanguínea.

O endométrio possui uma função especial na gestação já que é na parede do útero que ocorre a implantação do embrião, o primeiro passo rumo a uma gestação saudável. Entretanto, para que todo esse processo ocorra de forma natural, é essencial que não haja alterações no órgão.

Neste artigo, traremos mais informações sobre as “fases” do endométrio e as principais alterações que podem comprometer a fertilidade da mulher. Vamos lá?

As fases do endométrio

Como já mencionamos acima, a espessura do tecido endometrial varia ao longo do mês. Isso ocorre com todas as mulheres em idade reprodutiva e caracteriza as fases do ciclo menstrual. De forma simplificada, a ciência classifica três fases distintas. São elas:

1 – Fase Proliferativa

Após o último dia de menstruação, as paredes do útero estão totalmente “descamadas”, já que a própria menstruação é a liberação de fluidos provenientes da eliminação da camada superficial do endométrio. Nesta fase, os níveis de estrogênio começam a aumentar, fazendo com que as células do órgão se proliferem, aumentando sua espessura.  

2 – Fase Secretora

Aproximadamente na metade do ciclo, ocorre a ovulação, que é a liberação do óvulo pelo ovário. Com isso, tem início a produção de progesterona, o hormônio que prepara o órgão para receber o embrião. A progesterona estimula a secreção das glândulas do endométrio (fase secretora), tornando possível a implantação e nutrição do embrião nos primeiros dias do seu desenvolvimento.

3 – Fase Menstrual

Caso não ocorra implantação de um embrião, ocorre uma queda brusca na concentração dos hormônios (estrogênio e progesterona). Esta perda de sustentação hormonal faz com que o endométrio descame, o que provoca o rompimento de alguns vasos sanguíneos, com sangramento. A eliminação de sangue juntamente com o órgão descamado caracteriza a fase menstrual do ciclo (ou menstruação).  Alguns exames, como a ultrassonografia transvaginal e a histeroscopia, podem identificar as fases do endométrio e mostrar se há alguma alteração significativa nesse tecido.

Principais doenças que causam alterações no órgão

Em alguns casos, quando a mulher apresenta dificuldades para engravidar, o médico pode solicitar exames para avaliar o endométrio.  As alterações no órgão podem funcionais e transitórias, como em casos de desequilíbrio hormonal e infecções ou necessitarem de tratamento cirúrgico específico. As principais alterações encontradas são:

Pólipos 

Os pólipos são pequenos tumores (benignos na grande maioria dos casos) que surgem no endométrio e podem dificultar a implantação do embrião. Em geral, não causam nenhum sintoma específico e são identificados pela ultrassonografia transvaginal. Mais esporadicamente, podem causar sangramentos fora do período menstrual. O tratamento pode ser feito por meio da retirada cirúrgica do pólipo, especialmente se a mulher for jovem e quiser engravidar.

Mioma Uterino

São tumores benignos que surgem na parede muscular do útero. Alguns miomas se projetam para dentro da cavidade uterina e comprimem o endométrio. São então chamados de miomas submucosos. Além de poder provocar sangramentos intensos, principalmente no período menstrual, os miomas submucosos podem impedir a implantação do embrião e, portanto, dificultar a gravidez. Este tipo de mioma pode também dificultar o desenvolvimento do embrião já implantado, aumentando as chances de abortamentos.  Assim como para os pólipos, o tratamento é feito pela histeroscopia cirúrgica, com rápida recuperação.

Endométrio fino

Algumas mulheres apresentam endométrio com pouca espessura, que aparentemente não respondem ao efeito do estrogênio ao longo do ciclo menstrual. Sabe-se que a chance de um embrião implantar em um órgão fino é menor. Nestes casos, precisamos avaliar cuidadosamente a cavidade uterina por meio de um exame chamado histeroscopia. Em alguns casos, o endométrio fino pode ser decorrente de aderências entre as paredes uterinas, que podem então ser desfeitas. Há casos, no entanto, em que a causa do problema é desconhecida, havendo diferentes tipos de tratamentos que podem ser realizados com o objetivo de aumentar a espessura endometrial e aumentar as chances de gravidez.

Endometrite

O endométrio pode ser acometido por infecções bacterianas que provocam intensa reação inflamatória. Dependendo do tipo do agente infeccioso envolvido, o quadro clínico pode variar, desde a ausência total de sintomas até sangramento intermitente e aumento do fluxo menstrual, eventualmente até mesmo acompanhado de corrimento e/ou dor pélvica (quando a infecção acomete também as trompas). A inflamação pode dificultar a implantação embrionária, impedindo a gravidez. O diagnóstico é feito por culturas ou pela histeroscopia diagnóstica, sendo o tratamento realizado com antibióticos.

Alterações imunológicas

Existem também alterações endometriais cujo significado ainda não são totalmente compreendidas, como os desbalanços imunológicos, envolvendo a produção de mediadores inflamatórios e células do sistema imune, como as células NK. Os métodos de investigação e de tratamento deste tipo de alteração ainda não estão totalmente estabelecidos, mas existem estudos bem promissores nesta área.

Pessoas LGBTQIAPN+: construção de famílias

Pessoas LGBTQIAPN+ podem realizar o sonho de construir uma família com técnicas de reprodução assistida, o que confere a todos a possibilidade de terem filhos biológicos.

As possibilidades mais indicadas e com maiores taxas de sucesso são óvulos de doadora e útero de substituição (no caso dos homens), e sêmen de doador (no caso de mulheres).

Sendo assim, pessoas LGBTQIAPN+ devem procurar especialistas em reprodução humana, realizar investigação completa e encontrar o tratamento mais adequado de acordo com as possibilidades reprodutivas do casal.

Quais são as alternativas de reprodução assistida para pessoas LGBTQIAPN+?

Casais masculinos

No caso de homoafetivos masculinos, o tratamento de escolha é o de fertilização in vitro (FIV). O primeiro passo é achar uma doadora de útero. Carinhosamente chamado de barriga solidária, o útero de substituição é um dos tratamentos indicados para casais masculinos. Neste caso, a doadora temporária que deve conceder o útero para receber a implantação do embrião precisa pertencer à família do casal. A ligação familiar pode chegar até o quarto grau: mãe, irmã, avó, tia e prima.

Para esse procedimento, os óvulos devem ser coletados através de ovodoação anônima, realizada em clínicas especializadas em reprodução humana. Apesar da doação de óvulos ser anônima, o casal LGBTQIAPN+  poderá ter acesso às informações a respeito da mulher doadora, embora não possa ver fotos. Além disso, é importante lembrar que as características físicas da  doadora, em geral, seguem “padrões” parecidos com a  do casal, ou pelo menos as características desejadas por eles.

Para as etapas de útero de substituição, o casal será avaliado pela equipe médica, que vai determinar qual dos parceiros (um deles ou ambos) possui melhor qualidade seminal para o tratamento de fertilização in vitro. O material biológico do sêmen será coletado de um dos homens para as etapas de fertilização do óvulo em laboratório. Na próxima etapa, o embrião será transferido e implantado no útero da doadora.

Casais Femininos

Para casais homoafetivos femininos, há duas opções de tratamento: FIV ou inseminação intrauterina. Dentre elas, a FIV tem maiores chances de sucesso. O primeiro passo é o casal passar por uma investigação completa e decidir quem vai doar os óvulos e quem vai gestar. A depender do resultado da investigação, a mesma mulher pode doar os óvulos e gestar, sem nenhum problema. O segundo passo é adquirir um sêmen de doador, que nesse caso também é anônimo, assim como ocorre com as doadoras de óvulos. 

Novamente, todas essas orientações são guiadas por equipe médica especializada a fim de possibilitar condições adequadas para o casal LGBTQIAPN+.

Depois da etapa de avaliação, há a escolha do tratamento. Para a inseminação artificial, o sêmen adquirido será colocado no útero de uma das mulheres, com estimulação ovariana prévia. Claro que, nessa opção, as trompas devem ser saudáveis.

Outra alternativa muito procurada também por casais femininos é a FIV. Neste caso, há estimulação ovariana e captação dos óvulos em uma das mulheres, fertilização dos óvulos pelo sêmen escolhido e formação de embriões em laboratório e posterior transferência do embrião para o útero do mesmo cônjuge ou da parceira.

Se o desejo do casal for que uma delas doe os óvulos e a outra engravide, então o método indicado é a fertilização in vitro, já que os óvulos serão coletados de uma paciente e transferidos para a cavidade uterina da outra parceira do casal. Nesse tipo de tratamento, o material biológico masculino deve também ser coletado em bancos de doadores anônimos.

Está em busca de tratamentos de reprodução assistida para pessoas LGBTQIAPN+?

O avanço científico na medicina reprodutiva proporciona diversas alternativas para pessoas LGBTQIAPN+ que desejam realizar o sonho de construir uma família. O acompanhamento médico especializado em Clínicas de Reprodução Humana Assistida possibilita a realização de exames para determinar o potencial de fertilidade do casal e a escolha de tratamentos mais adequados para cada paciente.

Embrião descongelado: entenda a transferência

Neste texto vamos abordar como é feita a transferência de um embrião descongelado. Confira!

A fertilização in vitro (FIV), graças aos avanços da ciência, já possibilitou a milhares de pessoas a realização do sonho de ter filhos.

O uso de técnicas complementares à FIV, como a criopreservação de gametas e embriões, aumenta as chances de sucesso para casais com infertilidade por diferentes fatores, bem como para casais do mesmo sexo e homens e mulheres que desejam uma produção independente. 

Entenda como é feita a transferência do embrião descongelado.

Transferência de embrião descongelado

Indicar e até mesmo citar a criopreservação de células germinativas e embriões como opção suscita dúvidas nos pacientes. Comentaremos a seguir aspectos relacionados à transferência de embrião descongelado. Confira!

O que acontece nesse procedimento?

Antes da transferência, evidentemente, é preciso que os embriões sejam formados por meio de fertilização in vitro (FIV). Para isto, a mulher precisa receber medicações hormonais que estimulam o desenvolvimento de vários óvulos em um mesmo ciclo. Estes óvulos são então coletados por via vaginal e fertilizados no laboratório por espermatozoides do marido.

Os embriões resultantes de boa qualidade são cultivados por 3 a 5 dias, em geral, e então congelados em nitrogênio líquido por uma técnica denominada vitrificação. Eles poderão então ser armazenados por meses ou anos até que seja programada a transferência para o útero. 

Embriões também podem ser obtidos a partir de óvulos congelados (o que é muito comum em tratamentos de FIV com óvulos doados) e/ou com espermatozoides provenientes de bancos de sêmen. 

Como é realizada a transferência?

Quando o casal decide que chegou o momento de tentar a gravidez (ou quando as condições clínicas permitirem), solicita que seja iniciado o preparo do endométrio, que é a camada que reveste o útero internamente. O endométrio precisa ser preparado com os hormônios estrogênio e progesterona para que o embrião possa nele implantar).

Quando o endométrio estiver pronto (o que acontece cerca de 15 a 20 dias após o início do ciclo menstrual), os embriões podem ser finalmente descongelados e a transferência realizada. Portanto, as etapas para transferir embriões descongelados são:

  • Preparo do endométrio;
  • Descongelamento do embrião;
  • Transferência do embrião para o útero. 

A última etapa é a transferência para o útero. O procedimento é tecnicamente muito simples, assemelhando-se a um exame ginecológico, sem necessidade de anestesia. Um fino cateter é passado pelo colo do útero e, guiado por ultrassom, chega até a cavidade uterina, onde os embriões são colocados.

Indicações

Em que situações os embriões são congelados? As principais indicações são as seguintes: 

Embriões excedentes: mesmo quando é realizada a transferência de embrião “fresco”, isto é, aquele que não foi congelado e é transferido no próprio ciclo em que os ovários foram estimulados, é possível que haja embriões “extras”. Obviamente, nem todos serão transferidos no mesmo momento. Desta forma, costumam-se transferir 1 ou 2 embriões e, havendo outros de boa qualidade, indica-se o congelamento deles. Os excedentes poderão ser futuramente transferidos caso a primeira transferência não resulte em gravidez ou mesmo dentro de alguns anos para uma próxima gravidez, em caso de sucesso da transferência “a fresco”.

Alterações uterinas: há casos em que doenças uterinas precisam ser tratadas antes da transferência dos embriões. Como exemplos, podemos citar os miomas que se projetam para dentro da cavidade uterina, os pólipos endometriais, aderências (sinéquias) e os septos uterinos. Tais condições não comprometem o estímulo ovariano e a coleta dos óvulos, mas precisam ser corrigidas antes que os embriões sejam transferidos. 

Preservação de fertilidade SOCIAL: ocorre quando o casal não deseja engravidar no momento, mas pretende tentar evitar o impacto negativo da idade da mulher sobre a fertilidade. Mulheres mais jovens produzem mais óvulos e de melhor qualidade. Embriões gerados nestas condições apresentam um maior potencial reprodutivo do que aqueles obtidos a partir de óvulos mais velhos. 

Preservação de fertilidade ONCOLÓGICA: em casos de câncer que necessitam de tratamento quimioterápico, não apenas a mulher não pode engravidar durante o tratamento, mas é bem possível que o tratamento oncológico comprometa a reserva ovariana de forma irreversível. Nestes casos, além do congelamento de óvulos (para mulheres jovens solteiras, por exemplo), o congelamento de embriões pode ser indicado, visto que o casal precisará postergar os planos de gravidez. 

Síndrome de hiperestímulo ovariano: quando os ovários estimulados para FIV respondem de forma exacerbada, com o desenvolvimento de muitos folículos, indica-se que todos os embriões sejam congelados e transferidos somente no ciclo menstrual seguinte. Esta é uma estratégia para reduzir a duração e a intensidade da chamada síndrome de hiperestímulo ovariano, em que ocorre inchaço abdominal, dor e aumento do volume dos ovários e eventualmente até mesmo o acúmulo de líquido no abdome. Protocolos especiais de estímulo e o congelamento dos embriões diminuem muito os efeitos e a duração da síndrome do hiperestímulo ovariano. 

Estratégia de freeze-all: alguns estudos sugerem que níveis hormonais muito elevados (tanto de estrogênio quanto de progesterona) decorrentes do estímulo ovariano podem diminuir as chances de implantação embrionária. Nestes casos, pode-se optar pelo congelamento de todos os embriões, ou seja, não é realizada a transferência de embrião “fresco”. Esta estratégia também pode ser usada para casais com histórico de falhas repetidas em ciclos frescos. A técnica de vitrificação é bastante segura e permite que o freeze-all seja empregado nestes casos como estratégia de tratamento.

Câncer de mama e preservação da fertilidade

Muita gente sabe que o tratamento contra o câncer de mama é agressivo e pode, muitas vezes, afetar a função ovariana.

Consequentemente pode diminuir significativamente as chances de gestação, tornando a infertilidade feminina uma realidade nesses casos.

Câncer de mama x infertilidade: entenda

O tratamento do câncer de mama muitas requer um tratamento de quimioterapia, e seus efeitos podem afetar a função e a reserva ovariana, bem como a qualidade dos óvulos. As mulheres podem apresentar efeitos colaterais como queda de cabelo, fadiga, perda de apetite e até amenorréia como resultado de tratamentos e quimioterapia, causando esterilidade temporária ou permanente. 

Infertilidade causada pelo câncer de mama

O câncer de mama pode afetar a fertilidade da mulher de diversas formas. A própria fisiopatologia da doença e produção de citocininas e alterações celulares podem diminuir a função e reserva ovariana.

Além disso quadros de infertilidade temporária ou permanente podem ocorrer devido alguns tratamentos de câncer. Essas terapias, incluindo a quimioterapia, podem causar diminuição da reserva reserva ovariana, queda da qualidade dos óvulos e até menopausa precoce em cerca de 40% dos casos.

Como preservar a fertilidade em casos de câncer?

É importante dizer que em casos oncológicos o mais importante é controle e tentativa de cura da doença. Mas com a evolução dos tratamentos oncológicos, a sobrevida das mulheres aumentou e o sonho de ter um filho não pode ser esquecido. O diálogo com o médico sobre seus medos, desejos e dificuldades também é muito importante para uma mulher que deseja viver e ser mãe no futuro.  Assim, é papel do oncologista e ginecologista orientar quanto a possibilidade da preservação da fertilidade.

O processo de congelamento de óvulos se inicia randomicamente nos casos oncológicos, em qualquer fase do ciclo menstrual (o tempo nesses casos é muito importante). As fases são semelhantes aos da FIV. Se inicia com estímulo ovariano seguida da aspiração dos óvulos. Cabe ao especialista decidir o melhor protocolo de estímulo. Após a captação oocitária, os óvulos maduros serão congelados pela técnica de vitrificação (congelamento rápido). 

Converse com seu médico

É muito importante conversar com seu médico sobre seus desejos, incluindo o desejo de ser mãe. É necessário apontar sempre opção de preservação da fertilidade para que o casal, a família decidam juntos qual a melhor conduta a ser tomada.

Exames para diagnosticar casos de infertilidade

Vamos conhecer agora os principais exames que são empregados no diagnóstico da infertilidade!

Os problemas relacionados à fertilidade feminina são responsáveis por 40% das situações em que um casal não consegue engravidar. Outros 40% remetem a problemas relacionados ao sistema reprodutor masculino e em 20% dos casos há problemas nos dois. Tendo isso em vista, caso estejam com dificuldades para engravidar, é muito importante que ambos façam os exames de infertilidade.

De forma geral, as suspeitas surgem após um ano de tentativas sem sucesso. As relações sexuais devem ocorrer sem uso de preservativos ou outros métodos anticoncepcionais e dentro do período fértil da mulher. No caso das mulheres com 35 anos ou mais, a recomendação médica é que o período seja reduzido para seis meses, também sem contracepção, e no período de fertilidade feminina.

Se o casal seguiu todas essas recomendações e não conseguiu engravidar, chegou a hora de procurar ajuda médica para aumentar as chances de conquistar o sonho da maternidade e da paternidade.

A investigação começa com uma consulta clínica e da avaliação do histórico dos pacientes. Em seguida, recomenda-se que seja feita avaliação física e exames de investigação básica inicial. De acordo com os antecedentes, exames específicos também poderão ser solicitados nesta investigação inicial. Quer conhecê-los? Siga a leitura!

Exames de infertilidade para o homem e a mulher

1. Dosagem Hormonal Basal

A dosagem consiste em um exame de sangue que avalia a produção dos hormônios femininos e masculinos. Pode detectar doenças diretamente relacionadas à fertilidade, como o diabetes, ovários policísticos e problemas na tireóide.

Nas mulheres, o exame analisa o funcionamento dos ovários, a quantidade dos óvulos e o ciclo de ovulação.  Nos homens, pode detectar problemas na produção dos espermatozóides.

2. Cariótipo

Embora não seja exame imprescindível, sua realização é aconselhável. O cariótipo avalia se o número e a estrutura dos cromossomos (estruturas nas quais se localiza todo o material genético das pessoas) estão normais. Alterações no cariótipo podem se relacionar a diferentes aspectos da infertilidade conjugal, como alterações da reserva ovariana ou abortamentos de repetição.

Exames de Infertilidade para ela

3. Ultrassonografia Transvaginal

A ultrassonografia deve ser realizada entre o terceiro e o quinto dia do ciclo menstrual e é capaz de detectar e avaliar diversos aspectos, como tamanho e formato do útero e presença de folículos ovarianos (avaliando a reserva ovariana).

A ultrassonografia transvaginal seriada pode identificar com mais clareza o exato período em que a mulher tem mais chances de engravidar (fase da ovulação, também conhecida como período fértil), o que facilita o planejamento do casal.

4. Histerossalpingografia

Apesar do nome complicado, este exame consiste em radiografias seriadas da pelve após a injeção de contraste pelo colo do útero. Serve para avaliar o formato da cavidade uterina e mostrar localização e permeabilidade das trompas, isto é, avaliar se elas não estão obstruídas.  

5. Histerossonografia

Mais específico, esse exame para infertilidade é indicado quando há indícios de problemas no endométrio, isto é, a mucosa que reveste internamente o útero, na qual o embrião deverá implantar para que ocorra a gravidez.

O exame é feito com a introdução de uma sonda na cavidade vaginal. Assim como na histerossalpingografia, o objetivo é acompanhar a anatomia dos órgãos internos.

6. Videolaparoscopia

É uma pequena cirurgia, pouco invasiva, que permite o diagnóstico de uma série de doenças. É indicada quando precisamos fazer avaliação mais detalhada da pelve, com visão direta de estruturas como útero e trompas, como em casos de suspeita de endometriose, miomas e aderências pélvicas. Por meio de pequenos cortes no abdome,são introduzidas câmera e pinças que permitem a identificação e, muitas vezes, o tratamento do problema.

7. Videohisteroscopia

Exame específico e muito parecido com a videolaparoscopia, porém, com foco na cavidade uterina. O procedimento também é simples e um ótimo aliado para que os médicos identifiquem problemas no útero e no endométrio. Consiste na introdução de uma pequena câmera pelo colo do útero, que permite a visão direta da cavidade uterina.

8. Biópsia do Endométrio

A biópsia consiste na retirada de fragmentos do endométrio para análises, podendo ser realizada com uma fina cânula ou mesmo durante a histeroscopia, quando houver indicação.Exames de Infertilidade para ele.

Exames de Infertilidade para ele

9. Espermograma

É o exame mais básico para avaliação de infertilidade nos homens. O procedimento mostra o número de espermatozóides existentes, sua estrutura e sua capacidade de movimentação. A análise é feita a partir de uma amostra de sêmen colhido pela masturbação e não é nada invasivo.

10. Ultrassonografia Testicular com Doppler

Um pouco mais especializado, o exame é indicado para avaliar a próstata, as vesículas seminais, o epidídimo e os testículos. Com o Doppler, é possível verificar o fluxo sanguíneo dos testículos e identificar eventuais tumores. Sabe-se que o aumento da vascularização testicular (condição conhecida como varicocele) pode prejudicar a formação dos espermatozoides.

E então, o que achou do conteúdo? Esperamos que tenha te ajudado a entender um pouco mais sobre os exames para infertilidade. Lembre-se: a orientação de um especialista é sempre o melhor caminho.

Como podemos te ajudar?
Entre em contato conosco